2000/2002

O Prémio Valmor e Municipal de Arquitectura referente ao ano de 2000 coube ao Edifício C8 Departamento de Física e Química da Faculdade de Ciências [109],






um projecto do arquitecto Gonçalo Byrne para a Faculdade de Ciências da Universidade Clássica de Lisboa, situado na Cidade Universitária, Campo Grande.
O edifício C8 (...) insere-se num contexto pouco definido, em que aos condicionamentos resultantes da exiguidade do terreno e dos critérios de implantação dos edifícios vizinhos, se junta a indefinição ao nível do pIano desta zona da Cidade Universitaria de Lisboa. O novo edifício procura assumirem essa realidade e de certo modo transformá-Ia, introduzindo novas nexos no contexto precedente, e caracterizando com mais precisão o espaço urbano envolvente e as relações do seu próprio conteúdo com o0 dos edifícios e espaços públicos circundantes». in Memoria Descritiva
A Menção Honrosa coube a um conjunto de edifícios de escritórios [110],





situados na Avenida Torre de 3elem, 17 a 19, um projecto dos arquitectos José Silva Pires, Fernando Pinto Coelho e César Barbosa para Criterium Sistemas Informáticos, Lda.
Pretendeu-se que os edifícios projectados, mesmo sendo destinados ao uso terciário, se identificassem formalmente e volumetricamente com as moradias e outros edifícios envolventes (...). Deste modo, as cérceas não ultrapassam a media das cérceas da Av. da Torre de Belém (...).» Houve cuidado para «que a área verde disponibilizada fosse conseguida, não só através da manutenção de terreno permeável, mas também através de terra vegetal colocada sobre a laje da garagem (. ..).»in Memoria Descritiva
O Premio Valmor e Municipal de Arquitectura de 2001 foi atribuído ao edifício Atrium Saldanha [111],


situado na Praga Duque de Saldanha, 1, Avenida Casai Ribeiro, 63, Rua Fernão Lopes, 4, Rua Engenheiro Vieira da Silva, 18, e Avenida Fontes Pereira de Melo, 44, um projecto dos arquitectos João Paciência e Ricardo Bofill para IMOSAL, SA..
O estudo geométrico, proporção e equilíbrio proporciona, quer numa organização da planta quer nos alçados, criação «inevitável de um grande vazio interior que viria a definir-se sob a forma de um grande semicírculo..), envolvido em altura par plateias virtuais múltiplas e troneo-cónicas, dramatizando deste forma o efeito etnográfico pretendido».
O átrio tem assim, no «elemento gerador fundamental de toda a espacialidade interior do objecto "arquitectónico", conferindo-Ihe toda a sua singularidade.A estabilidade e equilíbrio do edifício são conseguidos através de marcação «das esquinas do quarteirão com um desenho mais fechado e materiais vivamente mais pesados», o que confere uma definição das «balizas dos diferentes troços e da praça» que o delimitam.
A marcação de linhas horizontais de dois em dois pisos «entaladas entre os torreões das esquinas estabiliza a fachada e conferem sentido à forma geral». in revista Imobiliária
Foram atribuídos, para o ano de 2002, dois Prémios Valmor e Municipal de Arquitectura e uma Menção Honrosa.
Um dos prémios foi atribuído ao Edifício da Reitoria da U. 'N. L [112].

Localizado no Campus de Campolide é um projecto dos irmãos Manuel e Francisco Aires Mateus para a Universidade Nova de Lisboa.
0 terreno e um promontório junto a uma das principais entradas de Lisboa. 0 espaço é regrado pelo antigo ( .) colégio dos Jesuítas. (...) O programa prevê dois grupos de espaços muito distintos: funções administrativas, arrumadas, na torre (...); funções representativas, com grandes áreas, a instalarem-se no embasamento. A construção emergente e da mesma altura do colégio de três pisos, desenhando-se a fachada em pedra branca de forma a não permitir a leitura dos seus muitos níveis. (...) Sob esta praça, os espaços representativos são esculpidos recorrendo à sobreposição dos três níveis, sabre os quais se opera tridimensionalmente.» in Memoria Descritiva
O outro Premio \/almor e Municipal de Arquitectura, atribuído em ex-aequo, coube ao Edifício II do I.S.C.T.E. (113),

localizado na Avenida Professor Aníbal Bettencourt, na Cidade Universitária, um projecto de Raul Hestnes Ferreira para a Universidade Nova de Lisboa.
O Edifício do ISCTE II constitui a última fase do Complexo ISCTE na área da Cidade Universitária (…). N ausência dum plano para a expansão da instituição (…) processou-se em função dos programas, áreas de implantação e meios disponíveis, tendo em conta as exigências da instituição e a época da execução de cada projecto, havendo (…) conceitos básicos que presidiram a concepção dos edifícios, apoiados na forma construtiva, em que foi dominante a utilização do betão armado. Os espaços principais são para alem do átrio acessível de varias direcções e a vários níveis, com uma dominante vertical, um Auditório (...), Anfiteatro (…) a Biblioteca Central do ISCTE, salas de aula, gabinetes, laboratórios e espaços multimédia, zonas de convívio e refeições. (.) Dada a dimensão do edifício e a necessidade de se harmonizar com a envolvente, ele expressa-se de modo diversificado (…).
A norte, assume a importância do seu posicionamento num ponto elevado da Cidade Universitária, enquanto a poente se compatibiliza com o edifício inicial do ISCTE garantindo uma comunicação através de um Passadiço em betão. Por último, a suI, delimita a Praga Central do CTE. (…)
Embora cada corpo edificado do ISCTE tenha a sua individualidade (…) existem pontos de contacto formais entre eles» in Memoria Descritiva. A Menção Honrosa, atribuída ao Edifício Picoas Plaza [114],
localizado na esquina da Rua Tomas Ribeiro com a Rua Viriato, é um projecto dos arquitectos Manuela Abrantes Geirinhas (1960) e Jorge Carvalho Ribeiro (1959) para J. A. Santos Carvalho SA.
Trata-se de «um projecto para o quarteirão da Garagem Militar, na Rua Tomas Ribeiro esquina com a Viriato (…) Verificamos a previsão de uma praça interior ao lote, que adoptámos como elemento estruturante do Projecto (...) qualificando-a através da criação de jardins, esplanadas e lagos, simultaneamente eliminando contacto com o tráfego ruidoso da Rua Viriato .(...) O edifício que nos propusemos projectar possui alguma complexidade funcional por coexistirem nele 50 apartamentos (...),2 edifícios de escritórios e serviços (...), um centro comercial (...) e estacionamentos (...). No desenvolvimento do projecto teve-se em conta a integração (…) de duas fachadas antigas que devendo ser (…) recuperadas, foram dotadas de acessórios formais diferentes dos preexistentes (.. .).
Como elemento de ligação entre os edifícios "antigos" e os volumes novos projectou-se um edifício despojado e neutro, a fim de permitir a mudança de linguagem sem perturbar a leitura das recuperações.» in Memória Descritiva
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