1910/1919

Em 1910 o Prémio Valmor foi atribuído a um edifício de habitação (14)




sito na Av. Fontes Pereira de Melo, 30. O autor do projecto foi o Arqº Ernesto Korrodi (1870-1944), Suíço naturalizado Português, e o edifício pertencia a António Macieira.Este edifício reflectia um certo gosto provinciano com a sua entrada abrindo para um estreito corredor lateral.
Demolido em 1961 deu lugar ao edifício do Teatro Villaret.
O Prémio Valmor em 1911 também foi atribuído a um edifício de habitação (15).



Este situa-se no nº 25 da Rua Alexandre Herculano. O projecto é da autoria do Arqº Miguel Ventura Terra (1866-1919) e o proprietário era António Tomás Quartim.
Considerado um excelente modelo de arquitectura urbana, este edifício apresentava um nobre estilo, incorporando diversos materiais e demonstrando uma notória influência parisiense.
Actualmente encontra-se em bom estado e funciona aqui uma Conservatória do Registo Civil.
Em 1912 houve um Prémio Valmor e uma Menção Honrosa atribuídos a duas moradias unifamiliares, a Villa Sousa (16),


que se situa na Alameda das Linhas de Torres, 22 e a moradia (17)


situada na Praça Duque de Saldanha, nº 12, respectivamente.
Ambos os projectos pertencem ao Arqº Manuel Norte Júnior (1878-1962) e o proprietário da Villa Sousa era José Carreira de Sousa e da moradia do Saldanha Nuno de Oliveira.
A Villa Sousa possuía um grande jardim e destacava-se pela harmonia e elegância do seu torreão. Actualmente encontra-se arruinada ficando reduzida à fachada e algumas paredes.
A moradia do Saldanha, com três pisos e cantarias de pedra contrasta com as fachadas envidraçadas que envolvem a praça, apresentando-se em bom estado de conservação.
Também o ano de 1913 contempla dois edifícios, o Prémio Valmor atribuído a um edifício de habitação (18)


na Av. da República, 23 cujo proprietário era José dos Santos e arquitectura de Miguel Nogueira Júnior (1883-1953), e uma Menção Honrosa a uma moradia unifamiliar, a Casa Pratt (19)


na Av. António Augusto de Aguiar, nº 3 propriedade de Clementina Pratt e arquitectura de Miguel Ventura Terra.
O edifício vencedor do Prémio Valmor, na Av. da República, ostenta uma forte influência da Arte Nova e Neo-Romântica. Foi recentemente renovado servindo agora como sede a uma Instituição Bancária.
A moradia distinguida com a Menção Honrosa encontra-se bem conservada e é hoje a sede da Ordem dos Arquitectos.
No ano de 1914 o Prémio Valmor também foi atribuído a uma moradia unifamiliar (20)


na Av. Fontes Pereira de Melo, nº 28 pertencente a José Marques e cuja arquitectura se deve ao Arqº Manuel Norte Júnior.
A escolha deste prémio impôs-se pela "originalidade e disposição engenhosa da fachada principal e pela exuberância da decoração".
Bem conservada, funcionam aqui os Serviços Metropolitanos de Lisboa.
Ainda em 1914 foram distinguidas mais três obras com Menções Honrosas, duas delas atribuídas a projectos idealizados por não arquitectos e cujos edifícios já foram demolidos. Referimo-nos a duas habitações unifamiliares, uma
na Rua Pascoal de Melo, nº 5-7 (23) e outra
na Rua Cidade de Liverpool, 16 (22) pertencente a José Simões de Sousa. Os seus autores foram o "condutor de obras públicas" António da Silva Júnior e o "desenhador" Rafael Duarte de Melo, respectivamente.
A terceira Menção Honrosa também foi para uma moradia unifamiliar (21)


situada no Campo Grande, 382 pertencente a Artur Magalhães com Arquitectura de Álvaro Machado (1874-1944).
Nesta escolha o júri considerou que as "duas fachadas de estilização portuguesa recomendam-se".
Actualmente é o Museu Rafael Bordalo Pinheiro.
Em 1915 a distinção com o Prémio Valmor já contempla um edifício em altura (24)


que se situa na Av. da Liberdade, nºs 206-218. O autor do projecto foi o Arqº Manuel Norte Júnior e o edifício pertencia a Domingos da Silva.
Trata-se de um edifício com uma implantação pouco usual com frente para duas ruas paralelas, tendo o júri salientado que a "importante composição e opulência decorativa engrandecem aquela nossa primeira promenade".
Necessitando de limpeza, tem actualmente o piso térreo ocupado por um concessionário de automóveis.
O Prémio Valmor em 1916 foi para o edifício de habitação (25)


na Rua Tomás Ribeiro, nºs 58-60 pertencente a Rita de Matos e Dias com projecto do Arqº Miguel Nogueira Júnior.
É um prédio de rendimento destinado a habitação, com lojas no piso térreo, tendo sido reconhecido mérito à "dificuldade do gaveto" e manifestando-se agrado pelo "feliz remate decorativo".
Hoje o edifício ainda se encontra em bom estado de conservação.
Em 1917 o Prémio Valmor também foi atribuído a um edifício de habitação (26),


composto por cinco pisos, na Rua Viriato, nº 5 que pertencia a António Macieira Júnior e cuja arquitectura se deve a Ernesto Korrodi.
Apesar de o júri ter hesitado, referindo que "parte dos materiais empregados na fachada (...) estão mascarados com argamassa, do qual resulta não se conhecer logicamente a função da parte estrutural da obra", considerou que este seria um "belo edifício (...) quanto à composição da fachada, como (...) da planta (...) com detalhes felizes".
Actualmente apresenta-se em estado muito degradado.
O Prémio Valmor não foi atribuído em 1918. Possivelmente reflexo da instabilidade política-económica e social que marcava a vida do país e se reflectia deste modo na capital.
Em 1919 o Prémio Valmor mais uma vez foi atribuído a uma moradia unifamiliar (27)


situada na Av. Duque de Loulé, nº 47 que pertencia a Alfredo May de Oliveira com projecto do Arqº Álvaro Machado.
Esta moradia possuía três pisos de linhas sóbrias e era uma obra de estrutura essencialmente urbana.
Demolida em 1961 deu lugar a um edifício com sete andares e lojas.
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